23 de jan. de 2010

Rainha Ester




Ester - Uma rainha corajosa
         
          Como pode uma mulher, hoje, entender o medo e a insegurança que deviam perturbar a rainha Ester, escolhida exclusivamente por sua beleza e pela atração que exerceu sobre o rei? Ela não era uma princesa com a influência do reino do pai para fortalecer sua posição na corte. Quando não foi chamada por trinta dias, não sabia se o rei havia encontrado alguém que fosse mais do seu agrado ou se estava simlesmente perdendo sua influência sobre ele.
        Judia órfã e sem lar, Ester havia sido criada por Mordecai, um parente mais velho. Quer tenha sido a pedido dele, quer forçada por oficiais perversos, quer por sua própria escolha, entrou para o concurso de beleza e venceu. Então, as fontes de Mordecai informaram a Ester que o povo judeu tinha uma data marcada para ser extinto pelo malévolo Hamã, que, por seu marketing pessoal, foi elevado a vice-regente, o segundo no poder depois do rei Assuero.
           Deparando-se com um desafio desesperador para sobreviver, Ester refletiu sobre a pergunta de Mordecai: “Quem sabe se para conjuntura como esta é que foste elevada a rainha?” (Ester 4.14)
           Há três princípios incorporados em seu conselho:
          1) Nenhuma posição privilegiada jamais pode isentar uma pessoa da responsabilidade de responder ao chamado de Deus.
         2) Apesar da situação parecer perdida, Deus nunca se encontra de mãos atadas.
         3) Uma oportunidade dada por Deus é um privilégio concedido a um indivíduo.

          Corajosamente, Ester formulou um plano, mesmo que significasse morrer tentando.
           Na corte, ela havia sido ensinada a preparar-se fisicamente, mas também havia aprendido a se preparar espiritualmente, como fica evidente pelo seu jejum (Ester 4. 16; 9. 31). De acordo com a tradição do antigo Oriente Próximo, com paciência, a rainha convidou Assuero e Hamã para dois banquetes. Então, aproveitando o momento certo, ela apresentou seu caso, não questionando a justiça ou retidão do rei, mas pedindo, humildemente, por misericórdia para si mesma e para seu povo.
          Aparentemente, a orientação divina dirigiu os pensamentos, palavras e ações de Ester. Ela havia conquistado o respeito e a atenção de seu marido real. Em resposta, ele a incumbiu de reescrever a lei (veja Ester 9. 29); e, com toda a razão, ela se tornou a heroína de seu povo.

          O que aconteceu a Ester é uma lembrança a todas as mulheres da soberania de Deus. Para realizar a vontade do Senhor, ela usou sua beleza, sua inteligência e talvez até sua atitude de respeito para com o marido, bem como sua fé admirável e destemida.
          Por meio de sua obediência, Ester tornou-se uma verdadeira “estrela” (o significado de seu nome persa) no reino.


Fonte: Bíblia da Mulher – Sociedade Bíblica do Brasil

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